quinta-feira, maio 24, 2012

Colocar –se no lugar do outro (Empatia)



Um ancião que estava para morrer procura um jovem e narra uma história de heroísmo:
Durante a guerra, ajudou um homem a fugir.
Deu-lhe abrigo, alimento e proteção.
Quando já estavam chegando a um lugar seguro, este homem decidiu traí-lo e entregá-lo ao inimigo.
E como você escapou? Pergunta o jovem.
Não escapei; eu sou o outro, sou aquele que traiu- diz o velho. Mas, ao contar esta historia como se fosse o herói, posso compreender tudo que ele fez por mim.
A sabedoria deste conto nos fala sobre a empatia, esta ação de no colocar no lugar do outro, de procurar sentir o que o outro sente.
A empatia nos torna menos orgulhosos e egoístas, pois faz com que pensemos não só em nossos pontos de vista – em como estamos nos sentindo, mas também na vida alheia, no que se passa no íntimo de alguém.
Quando nos colocamos no lugar do outro, a compreensão torna-se mais fácil de ser alcançada, e nossos corações sentem-se mais aptos a perdoar.
Quando nos colocamos no lugar do outro, temos a oportunidade de acalmar a raiva, e de evitar a vingança.
Quando nos colamos no lugar do outro, desenvolvemos a compaixão, e procuramos fazer algo para amenizar o sofrimento do próximo.
Quando colocamos no lugar do outro, expandimos nossa capacidade de amar e de entender que precisamos viver em família para realizar nosso crescimento.
Quando nos colocamos no lugar do outro, preparamos nossa intimidade para receber as sementes da humildade, descobrindo a verdade de que somos todos irmãos, e que precisamos uns dos outros para colher os bons frutos da felicidade futura.
Colocar no lugar do outro (empatia), nos torna mais humanos, mais próximos da realidade do outro, de suas dificuldades e de seu caminho.
Passamos a analisar a vida através de outros pontos de vista, de outros ângulos; e, assim,nos tornamos mais sábios, mais maduros.
O hábito de colocar-se no sentimento de alguém, é um grande recurso de que dispõe o homem novo para suas conquistas individuais.
 O coração que se isola, que vê somente o que seus olhos permitem e não partilha da vida de seu próximo, está estacionado nas trilhas do tempo.

Fácil e Difícil



Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade,
que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.