quinta-feira, maio 10, 2012

Lembranças da minha infância – Parte I

Ao recordar momentos de minha infância, me vêm sensações agradáveis, sentimentos bons que faz parte da minha vida. Recordar cada momento é maravilhoso, pois nos faz voltar aquele dia especial que ficou marcado na memória.

Aprendendo a cozinhar


Lembro-me que quando criança adorava aprender cozinhar, sempre em volta da minha mãe à beira do fogão eu ficava observando passo a passo do que ela preparava, e minha mãe sempre incentivava para que de uma forma já iria aprendendo, lembro de uma joguinho de panelinhas de alumínio batido que ela me deu em meu aniversário de 8 anos que fiquei encantada e que vinha acompanhadas de conchas e escumadeiras pequenas proporcionais as panelas. A ansiedade era tanta para poder cozinhar nelas que um dia esperei minha mãe sai e fui para o fogão fazer arroz na minha panelinha, tudo tava indo tão perfeito acendi o fogo coloquei óleo na panelinha, uma colher de tempero e dois copos e meio de arroz, porém a panela era pequena dois copos americanos de arroz  a enchia, então ao colocar o arroz na panelinha eu percebi que  não comportava mais, ai deixei de lado uma parte do arroz e continuei, mal dava para mexer o arroz para refogá-lo ai veio o momento de colocar a água para o arroz cozinhar, foi engraçado , começou a entornar tudo no fogão e foi fazendo aquela bagunça, foi então que minha mãe chegou, e eu com medo de apanhar falei com ela que já tava fazendo o almoço ...( kkkkk), mas engraçado naquele dia ela não me brigou comigo, e me disse que iria me ensinar, por que cada panela tem um tamanho e pra cada panela tem uma medida, e assim começou a todos os dias quando era possível ela sempre me ensinava alguma coisa.

                  

E a vaidade...

Minha mãe todo inicio de ano viajava para Belo Horizonte, e sempre era nessa época que comprava nossos presentes de natal, por que era muito mais barato la do que aqui, e sempre no natal ela dava presentes simbólicos e muito gostoso por que a maioria das vezes ela dava uma sacola com varias guloseimas.Para que juntar dinheiro para poder comprar algum brinquedo melhor  em BH.
E toda vez que ela voltava, voltava com a mala cheia de novidades, inclusive cartelas de batons e vários vidros de hidratante corporal, e eu adorava, pois ser  vaidosa era comigo mesma. Engraçado que posso me recordar do cheirinho do perfume que tinha aquele hidratante, das cores dos batons, inclusive da alegria que minha mãe já tivesse voltado pra casa. Ela trazia um para cada uma de nós e todo mundo gostava.



Tombo de bicicleta


Lembro –me de uma bicicleta grande que eu tinha, não me lembro ao certo a sua cor se era vermelha ou rosa, porém me lembro  do dia que na rua de baixo quando estava passando por cima de um bueiro me desequilibrei e cai com a bicicleta e tudo dentro dele, me agarrando somente em um mato verde que estava preso nas laterais do bueiro, que nojo que tive de mim naquela hora, tava toda suja de bosta e sem saber de quem era .(kkkkkkkkkk).


Continua ....

Cantinho das minhas artes


Cozinhar, bordar, escrever, esculpir e pintar ficaram sem espaço em nossas vidas no meio da correria da atualidade. Muitos de nós nem sabemos fazer todas essas coisas. Com a praticidade dos dias atuais fomos perdendo contato com nossa habilidade ancestral de dedicarmos tempo e espaço para o processo de criação.
Reservar um momento para meditar, transformar os elementos.
Quando bordamos, entramos num processo de ligar os pontos, de ir e vir, de fazer tramas. Isso facilita muitos insights, além da satisfação de ver nossas mãos dando vida a algo. Este exercício é uma tarefa calmante em que podemos nos conhecer melhor e estarmos com nós mesmos, viajando pelo nossos pensamentos. Cozinhando experimentamos o prazer dos sentidos, precisamos escolher, experimentar, aguardar. Vamos ponderando e exercitando a sabedoria da doação. Tem coisa mais gostosa do que ver pessoas queridas se deliciando com o que fizemos?
Assim também pode ser a pintura: um exercício de transformação, a união das tintas, que quanto mais líquidas, mais nos ajudam a lidar com a necessidade de controle dentro de nós. Se tivermos dificuldade em lidar com a imprevisibilidade, se nos virmos escravos do controle, talvez aí esteja uma atividade importante para exercitarmos a possibilidade de lidar com o imprevisível, com o novo que nasce na junção das cores, das texturas.
Escrevendo vemos os caminhos se formarem, as palavras vão se ligando, liberando sentidos que poderiam estar escondidos para nós. A escrita pode ter o dom de libertar aquele nó no peito. Ela libera, desata, coloca pra fora.
Pode ser que da primeira vez o bordado saia meio torto, a comida meio salgada, o texto um tanto perdido… Mas, vale o momento de entrega.
Com o tempo e a dedicação, vamos nos aperfeiçoando até conseguir resultados melhores. Não é assim também na vida?
Escolha uma atividade que goste e vá.
“Se você não experimenta com medo de errar, talvez esteja na hora de se desapegar e se entregar. Comece por alguma atividade mais fácil como fazer um bolo, aprender crochê etc. As transformações começam com a mudança de atitudes.”








"A arte de criar, traz uma auto análise, permite viajar pelos meus pensamentos, ir para onde minha imaginação permitir". (Paula Cruz)
paulinhdodo@hotmail.com